AOPM

NOTA DE REPÚDIO

Diante dos inadmissíveis acontecimentos ocorridos no Carnaval de São Paulo, a AOPM vem a público expressar sua indignação e reafirmar seu apoio aos nossos irmãos de farda.

“Para nós da AOPM cabe sinalizarmos com palavras de alento aos irmãos integrantes das forças de segurança, ativos e veteranos, e que não se sintam atingidos, pois de certa forma é uma honra ser criticado por essa “suposta entidade cultural”, que tem inúmeras denúncias de envolvimento direto com o crime organizado e que suas ações não são, o pensamento da população paulista, que reconhece o trabalho realizado pela Polícia Militar Bandeirante e por todas as forças de segurança.”

TIRO PELA CULATRA

Compêndios que tratam de Comunicação Social e Relações Públicas sugerem que não sejam respondidas críticas absurdas e mentirosas, com o objetivo de não se dar projeção àquele que as realizou. Há também um ditado popular que propõe devermos desconsiderar os ignorantes convictos. Ao se partir desta premissa válida, a AOPM concluiu, muito antes de elaborar esta nota, que não deveria dar notoriedade ao caso do desfile da escola de samba Vai Vai, no último dia 10, no Sambódromo do Anhembi, mesmo porque somos uma das entidades representativas de Policiais Militares, que já emitiram suas acertadas notas de repúdio, porém, em respeito aos nossos associados da AOPM, nos manifestamos.

É fato que a escola de samba Vai Vai desrespeitou não só a Polícia Militar, mas todas as forças de segurança do país e, consequentemente, os valorosos integrantes que no momento do desfile, garantiam a segurança deles próprios, e daqueles que a assistiam no Sambódromo do Anhembi. Ocorre, como é sabido, que estas notas de repúdio nem sempre tem o alcance e projeção que desejamos, senão ficam limitadas aos próprios integrantes das forças de segurança e de contatos próximos como familiares, amigos e conhecidos.

Felizmente, na nossa sociedade, as pessoas de bem são a grande maioria, que pugnam pela ordem, respeitam a lei e não compactuam com as intenções dessa escola, que longe de mostrar um recorte histórico da década de 1990 e uma homenagem ao álbum musical daquela época do grupo de rap Racionais MC’s, apresenta tal vergonhoso e lamentável episódio. Este contorcionismo mental, tentado e não atingido, para justificar o ataque às forças de segurança, esconde outras intenções e o motivo não é nada feliz, vez que na esteira de se contrapor à regularidade de convivência pacífica de uma sociedade livre, ausente de extremismos em detrimento do direito de todos, propõe seu inconformismo com os limites pactuados pela lei, que produzem a paz social desejada e harmonia entre todos, mesmo em festa da magnitude como é o carnaval.

Imaginar o nível de constrangimento, o susto, daqueles que assistiam com filhos e netos, protegidos por aqueles outros que os recepcionaram no evento, que estavam presentes em escala aos milhares e que garantiam o bom e normal andamento da apresentação, era um contrassenso, uma ignomínia. Estes espectadores que não concordavam com esta injusta e traiçoeira difamação, o que precisavam ter feito? Teriam vaiado tal a apresentação ou teriam ignorado o desfile da escola naquele momento, assistido tudo sem nada expressar? E o constrangimento dos policiais militares de serviço no exato momento do desfile? Qual seria a melhor atitude o cidadão de bem tomar? A repercussão continua e por bom tempo existirá.

Para nós da AOPM cabe sinalizarmos com palavras de alento aos irmãos integrantes das forças de segurança, ativos e veteranos, e que não se sintam atingidos, pois de certa forma é uma honra ser criticado por essa “suposta entidade cultural”, que tem inúmeras denúncias de envolvimento direto com o crime organizado e que suas ações não são, o pensamento da população paulista, que reconhece o trabalho realizado pela Polícia Militar Bandeirante e por todas as forças de segurança. Constrangedor seria o contrário, ou seja, uma homenagem de uma entidade com esse assustador histórico de denúncias e investigações. O insignificante resultado que tiveram nas apurações, de certa forma, já foi uma resposta.

Agradecemos o apoio que nos foi dado pelas centenas de mensagens que recebemos, as palavras dos nossos parlamentares e em especial do nosso governador do Estado de São Paulo Tarcísio de Freitas, em defesa da nossa quase bicentenária Polícia Militar.

Existimos para servir e proteger e nada nos impedirá de cumprir nossa sagrada missão.

Excertos que arrimam nosso pensamento:

  • “Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável.” (Marco Túlio Cícero, 106-43 a.C.);
  • “Quem não tem necessidades próprias dificilmente se lembra das alheias”. (Mateo Alemán, 1547-1614);
  • “As injúrias são os argumentos daqueles que não tem razão.” (François Fénelon, 1651-1715);
  • “O futuro tem vários nomes. Para os fracos e covardes, chama-se impossível. Para os comodistas, inútil. Para os pensadores e os valentes, ideal.” (Victor-Marie Hugo, 1802-1885);
  • “O fanatismo é a única forma de vontade que pode ser incutida nos fracos e tímidos.” (Friedrich Nietzche, 1844-1900);
  • “O senso artístico, quando não é sustentado por forte senso moral, é um perigo para a alma, pois pode encontrar beleza até no acontecimento mais vulgar.” (Konstantin Sergeyevich, 1863-1938);
  • “Nunca temperei a verdade com os condimentos da mentira para torná-la mais digerível.” (Marguerite de Yourcenar, 1903-1987).

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