Há, entre dizeres populares, o que afirma nunca se saber o dia de amanhã. Tão verdadeiro quanto se ignorar o que nos pode acontecer nas horas ou minutos próximos.

De uma forma ou de outra, há lamentavelmente a falsa noção, ditada ora pelo comodismo, ora pelas muitas ocupações do dia a dia, de que sempre haverá a possibilidade de realizar certas ações, postergadas não por desimportantes. Muitas vezes, são tão relevantes que exigiriam de nós mais tempo ou momentos especiais.

É muito triste nos chocarmos com a impossibilidade de agradecer a alguém, de pedir o perdão nunca pedido, de elogiar ou valorizar trabalhos e atitudes. Nem a tanto é preciso chegar. Algumas vezes, não faltou mais que um abraço, um mero aperto de mãos, um sorriso de simpatia, uma palavra, um adeus.

Esse sentimento de perda e de omissão me abala agora, quando vejo partir para outra dimensão alguém com quem nem tive tão prolongado tempo de convivência pessoal ou profissional. Não foi preciso. Suas qualidades – e eram muitas -, se evidenciaram desde sempre. Lealdade, calor humano, capacidade profissional, bom humor sempre a estimular e amenizar desafios e reuniões de trabalho. Faltou algo. Não a ele. Faltou a mim aquele aperto de mãos, o abraço fraterno, umas poucas palavras.

Adeus, presidente Synesio! Meu abraço e minhas palavras hão de chegar até você. Que Deus o abençoe e conforte seus familiares e amigos.

Cel PM Geraldo de Menezes Gomes
Conselheiro vitalício do Conselho Deliberativo da AOPM.

São Paulo, agosto de 2023.

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