Finalmente a grande mídia consegue perceber a triste realidade que vem, há tempos, assolando os policiais militares e seus familiares de maneira implacável: o enorme morticínio desses profissionais de segurança pública, em serviço, em ações de defesa à população nos seus momentos de folga e até mesmo em cruéis situações em que são assassinados simplesmente por serem policiais militares.
A situação caótica se impõe de tal maneira que a própria revista veja destaca, em sua edição de 23 de agosto, várias páginas para falar da terrível marca de mais de 100 policiais mortos no Rio de Janeiro em 2017.
E em São Paulo a situação não é menos grave, até o momento já ultrapassamos o triste número de 35 policiais militares mortos no Estado, só em 2017, praticamente 1 policial morto a cada 06 dias.
Infelizmente esses dados absurdos, inigualáveis em qualquer lugar do mundo, não costumam ter a divulgação necessária. Institutos de estudos sobre segurança pública preferem destacar números de pessoas mortas em confrontos com policiais a estudar e noticiar as mortes em quantidade e circunstâncias absurdas dos agentes da lei. Comparam, de maneira errônea as quantidades desses dois tipos de morte, como se estivessem ligados em uma equação de confronto justo e equitativo, quando na verdade o número de pessoas vitimadas em confronto com a polícia está ligado à quantidade de crimes com uso de ameaças ou violência, na maioria das vezes contra o patrimônio, que redundam na rápida resposta policial e na reação violenta do criminoso.
Já a morte de policiais está, geralmente, ligada à disposição desses agentes da lei em agir sempre que a situação se impõe, ainda que sua integridade física esteja em risco, à banalização da vida do policial por parte de grande parte da mídia e de alguns ditos grupos de “movimentos sociais” e do avanço do crime organizado, que busca o extermínio puro e simples dos agentes da lei.
Precisamos mudar esse quadro atual, a sociedade tem o direito e o dever de zelar por aqueles que são a sua última linha de defesa, o único braço do Estado presente em todos os mais longínquos rincões do Brasil, os seus policiais militares. E já passou da hora dos representantes da mídia se referirem à esmagadora maioria dos policiais militares brasileiros como realmente são: verdadeiros heróis.
Reportagem de capa: A dor de uma marca trágica.
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